sábado, 3 de dezembro de 2011

Vínculo entre Gilmar da Montana e 03 Desembargadores incomodam os demais colegas

Alguns integrantes do Tribunal de Justiça estão altamente incomodados em decorrência do vazamento, na blogosfera e nos jornais natalenses, de informações referentes às prisões realizadas durante a operação "Sinal Fechado", através das quais o ministério público estadual investiga irregularidades e prevaricações supostamente cometidas no processo que levou o governo potiguar a contratar com o consórcio Inspar o serviço de inspeção ambiental sobre veículos automotores que trafegam neste território.

Irritam-nos especificamente informações relativas ao envolvimento de um dos presos com três desembargadores. Cheques antigos dos três magistrados teriam sido encontrados num cofre que a policia federal apreendeu quinta-feira passada, cumprindo mandado de busca e apreensão, na sede da construtora Montana, controlada pelo empresário Gilmar Lopes. Os papéis têm ensejado as mais diversas especulações sobre as respectivas origens e têm levado muitos cidadãos à conclusão de acumpliciamento entre desembargadores e autores de falcatruas.

A situação se complicou depois que espaços da blogosfera passaram a divulgar trechos de conversas entre participantes do esquema supostamente gravados pelo ministério público, na forma da lei, porque alguns mencionam prenomes que, por coincidência, alimentam a idéia de intimidade entre os envolvidos e magistrados.

Eles gostariam que os promotores responsáveis pelas investigações e pelas prisões divulgassem oficialmente lista completa de envolvidos, direta ou indiretamente, com as ilicitudes, a fim de assim mostrar a lisura de todo o tibunal. "Do jeito que está, o noticiário sobre a ‘Sinal Fechado' lança suspeitas sobre todos os quinze atuais integrantes da corte", declarou um desembargador, mantendo-se no anonimato para reforçar a sua e a distância dos colegas em relação aos presos.

Ele gostaria que na hipótese de a Procuradoria Geral de Justiça não agir neste sentido, caberá ao próprio Tribunal fazê-lo. Seria o caso de a presidente da corte desembargadora Judite Monte, reunir os demais integrantes, examinarem a questão e se pronunciarem oficialmente a respeito.

Blog de Roberto Guedes

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