Do jornalista Aluísio Lacerda:
A ponte Newton Navarro não precisa apenas de proteção dos pilares principais que dão passagem aos navios.
Há dois tipos de proteção.
O primeiro foi feito, mas a construção dos “dolfins”, acredite quem quiser, não estava prevista no orçamento original. Há fatos mais graves. Já passou a hora dos ajustes e verificações dos estais e uma vistoria completa da obra de R$ 200 milhões. O Estado deveria ter executado essa vistoria após os primeiros 18 meses de uso, tempo suficiente para acomodação do material.
A partir de então, a manutenção dos estais precisará ser feita a cada três anos, para o correto tensionamento de seus cabos. As obras complementares que facilitarão o escoamento do trânsito na zona Norte também foram descartadas pelo poder público. O dinheiro existe, o contrato está vivo e a construtora responsável (a EIT) aguarda apenas que a Prefeitura de Natal (ou o Governo do Estado) desaproprie um terreno.
Pelo contrato, dizem, esta parte ficou sob a responsabilidade da prefeitura. Ah! A ponte não é de todos? Alguém vai ter que responder pela pequenez do abandono da obra pública.
O Ministério Público também não precisa ser provocado para cobrar providências.
Fica o aviso, pois, infelizmente, no Brasil, obra pública é coisa descartável, não importa o valor investido.
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