sábado, 10 de março de 2012

Saiba o que estudar para o concurso da Caixa Econômica

E você é um concurseiro de mão cheia, provavelmente fará a prova de seleção da Caixa Econômica, mesmo sendo destinada a cadastro de reserva. Isso porque o concurso do banco, sempre muito esperado, costuma aproveitar, sim, parte dos aprovados. Não é à toa que especialistas estimam uma relação candidato/vaga de mil pessoas. Daqui em diante, ainda há quase dois meses de estudos diários pela frente.

A remuneração para nível superior chega a R$ 7.734. Os cargos oferecidos são advogado, arquiteto e engenheiro (agrônomo, civil, elétrico e mecânico). Já o cargo que exige nível médio é técnico bancário novo, com salário de R$ 1.744.

Segundo especialistas, a Cesgranrio, banca examinadora, costuma apresentar questões mais simples do que as da Cespe/UnB, por exemplo, só que mais técnicas. Os períodos dos enunciados são menores e exigem respostas mais diretas. Para nível superior, não é exigida a disciplina de conhecimentos bancários, pois são cargos muito específicos, cujos conteúdos variam de acordo com a especialidade.

Na primeira fase, as provas objetivas para nível médio e superior cobram conteúdos parecidos, nas disciplinas de língua portuguesa (com destaque para regras gramaticais e linguagem não verbal, como a de charges de jornais) e informática. Para as demais disciplinas, as provas objetivas diferem bastante, e estão organizadas de acordo com os conhecimentos básicos e específicos de cada cargo.

— Nos concursos de foco jurídico, a leitura de doutrina é bastante cobrada, assim como leitura de artigo de lei. Já a jurisprudência é pouco cobrada — diz Rafael Sato, coordenador do R2 Cursos Preparatórios.

Para candidatos à vaga de ensino médio, quem tem pouco tempo de estudo deve se concentrar em sistema financeiro nacional, abertura e movimentação de contas, sistema de pagamentos brasileiro e mercado de capitais. Já os candidatos de nível superior devem se fixar nas matérias de conhecimentos específicos.

— Principalmente no curso de nível superior, a familiaridade do tema pode ajudar o candidato. No caso do advogado, a atenção deve ser redobrada para direito administrativo; já em arquitetura, é relevante dominar o assunto ‘projeto de edificação’ — recomenda Sato.

Segundo J. B. Bernardo, autor do livro “Conhecimentos Bancários” (Quileditora) e professor da Academia do Concurso, um tema que pode ser cobrado na prova discursiva, de nível médio, é referente às principais modificações na área de sistema financeiro, relacionadas a conhecimentos bancários:

— A implantação do novo sistema de pagamentos brasileiro, em março de 2002, foi uma grande transformação na área do sistema financeiro nacional. Os candidatos devem dar atenção especial a este ponto.

Especialistas recomendam estudo de, pelo menos, quatro horas por dia e consulta ao site oficial do banco

Na prova discursiva, diz Bernardo, é relevante ter letra legível bem como tomar cuidado com a pontuação, a ortografia e com a gramática:

— Para qualquer tema ou disciplina, é importante estudar a base do assunto e, a partir daí, ir aprofundando, conforme a necessidade.

Na prova para ensino médio, cada questão valerá um ponto e será constituída por cinco alternativas (a, b, c, d, e), sendo uma única resposta correta. A primeira etapa terá provas objetivas de conhecimentos básicos (30 questões) e de conhecimentos específicos (30 questões), num total de 60. A seleção na segunda etapa será feita por meio de prova de redação, de caráter eliminatório: um texto dissertativo-argumentativo, valendo dez pontos.

Já para os concursos de nível superior, cada questão objetiva valerá um ponto e será constituída por cinco alternativas (a, b, c, d, e), com uma única resposta correta. A primeira etapa será constituída de provas objetivas de conhecimentos básicos (15 questões) e de conhecimentos específicos (45 questões), num total de 60. A prova objetiva de conhecimentos básicos, para advogado, será composta por língua portuguesa, conhecimentos de informática, de ética e de atualidades. Já a objetiva dos cargos de arquiteto e engenheiros cobrará língua portuguesa, noções de informática, matemática e noções de direito e ética.

O exame discursivo para advogados será a elaboração de uma peça jurídica de até 60 linhas (deve ter no mínimo 20), valendo cinco pontos, e de duas questões discursivas de até 15 linhas, cada uma valendo 2,5 pontos. Já a prova discursiva para arquiteto e engenheiro valerá dez pontos e consistirá na produção de uma resposta de 20 a 30 linhas.

No mais, a recomendação dos professores é que os candidatos estudem, no mínimo, quatro horas por dia e que façam muitos exercícios, principalmente das matérias nas quais tenham mais dificuldade.

— Não se esqueçam de rever temas relacionados à própria Caixa. Indico o site da instituição para pesquisas, pois é a única fonte 100% segura — diz Bernardo.

As inscrições para o concurso estão abertas até o dia 13, pelo site da Fundação Cesgranrio. As taxas de inscrição são de R$ 37 (nível médio) e R$ 73 (superior).

Agência O Globo

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